segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Vida de Solteiro


Bem...chega de lamechices (ou será que é lamechismos??) ...não interessa pronto...chega de merdas...e de apresentações... Vamos é ao que interessa. E nada melhor do que começar este meu blog a falar sobre um assunto que a mim me toca profundamente (chega até a tocar-me bem no fundo do olho d....enfim)... Nada melhor do que começar isto a falar sobre a Vida de Solteiro que tanto assusta a maioria dos portugueses e dos seres em geral...
No outro dia perguntaram-me:
- “E a namorada?”
Eu sorri e respondi:
- “Estou solteiro!”.
E no lugar de terem ficado contentes por mim, fizeram aquela cara do tipo: “coitadinho” (Coitadinho é corno caral.. e eu sendo solteiro não posso ser corno por isso nem coitadinho eu sou!). Na minha opinião essa era a hora certa de me abraçarem e gritarem: “Parabéns Campeão! Queria ter a tua sorte”... mas não foi assim...
Realmente não entendo estas pessoas que colocam o facto (ou fato...fod.... nao interessa eu escrevo como aprendi!) de namorar e casar como sendo um dos objectivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. Um Homem tem tanto direito a ficar solteiro como outro a casar com outro Homem ou como uma Mulher a casar com outra Mulher ou a decidir ficar solteira também...(ufa cansei...) e isso não é doença nenhuma meus caros, isso não é como ter cancro ou HIV... Existe vida na “solteirice”! E das boas...E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só quando se quiser. Quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E acreditem que escrevo isto com algum conhecimento de causa, já que, apesar de só ter 1,65m de altura, tenho vários anos de namoro no currículo.
De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. Acho até que melhor que antes. Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar o meu dia. Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. Gosto de poder dizer sim quando os meus amigos me ligam a perguntar se quero sair com eles. De chegar em casa com o Sol a nascer. De não chegar a casa âs vezes. De conhecer gente nova todos os dias. De não ter que fazer nada por obrigação.
De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. DE VIVER porra.
Acredito que toda a gente precisa de passar por esta fase na vida.
A sério gente, tenho visto praí pessoas a abraçar os seus relacionamentos como quem segura uma bóia num naufrágio. Como se aquela fosse a última chance de sobrevivência. Eu não quero uma vida assim.
Talvez agora me queiram perguntar (ou talvez não...mas também não quero saber):
- “Vais ficar solteirão para sempre? Vai ser assim até quando?”
E eu vou vos responder com a maior naturalidade do mundo:
- “Vai ser assim até quando eu quiser”. Quando encontrar alguém que seja maior e melhor que tudo isto, ou talvez alguém que consiga me acompanhar.
O que eu espero é bem diferente. Quando se gosta da vida que leva, não se muda por qualquer coisa. Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho a certeza que o que chegar será bem especial. E se não vier também está tudo bem.
Sabem? Eu realmente não acho que isso seja um objectivo de vida. Não farei como muitos que se deixam levar pela pressão desta sociedade. Tanta gente a namorar só para dizer que namora ou para não parecer gay (sim isto é verdade...), casando para não se sentir encalhado, abdicando da felicidade por um status social, para ter filhos (cumprindo um desejo doentio da família). Aí depois vem a traição, vem o divórcio, a frustração e todo o resto tão comum por aí.
Não, não. Deixem-me masé quietinho aqui com a minha vida. Conheço casais extremamente felizes e outros que estão há anos a fingir que estão bem.
Conheço gente solteira que tem a vida que pediram e outros desesperados a acreditar que a(o) ex era o grande amor e que perdeu a sua grande chance. (Quanta estupidez meus caros!!)
A verdade é que só tu mesmo podes preencher o teu vazio, e colocar essa missão nas mãos de outra pessoa é mesmo ser burro e pedir para ser infeliz.
Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinho no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia aprendes a surfar. E te digo que quando esse dia chegar, nunca mais vais te contentar em ficar na areia. Desse dia em diante só vai servir ter alguém ao teu lado se este estiver disposto a entrar na água contigo.

Va este texto já vai longo. Se leram até aqui então muito obrigado pela paciência e partilhem muito pois tudo o que vou dizer por aqui vai servir de lição para muita gente que anda praí perdida. Se adormeceram entretanto, partilhem quando acordarem e boa noite.

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